Os representantes na mesa de negociação da empresa demonstraram, nas últimas reuniões, o desprezo por esse fórum e pela pauta de reivindicação da categoria. A única intenção dos negociadores da ECT nas reuniões é de forjar documentos para levar para o Trigunal Superior do Trabalho (TST) com o objetivo de reeditar o Acordão do TST.

De acordo com Hálisson Tenório, secretário geral do sindicato, "a greve é um instrumento legal de luta, porém, o governo é responsável por isso a partir do momento em que insiste em não negociar e desrespeitar os seus trabalhadores, não só oferecendo um reajuste de 5,2% que nem sequer repõe a inflação e ainda quer mexer em um dos nossos melhores benefícios que é o Correios Saúde".

Marcaram presença as centrais sindicais CUT e CSP-CONLUTAS, Andreia Batista e Claudia Ribeiro respectivamente, que declararam apoio à greve. Ambas as entidades apontaram para necessidade da unidade de luta com os bancários que tiveram o seu primeiro dia de paralisação nesta terça-feira (18). 

Durante o evento foi feito um minuto de silêncio para o carteiro Carlos da Silva assassinado na estação do metrô Recife pelo vigilante do MetroRec.

O exemplo da greve das universidades foi lembrado em várias intervenções onde o Governo Dilma (PT) dizia que não iria negociar com os trabalhadores em greve, mas a presidente foi obrigada a voltar atrás e ceder uma proposta que ela não queria oferecer.

Às 17h desta quarta-feira, em frente ao prédio sede dos Correios na Av. Guararapes, no centro do Recife, irá acontecer nova assembleia, além de piquetes nos locais de trabalho como CDDs e no COR. Amanhã também irá acontecer uma audiência pública de conciliação para ver se há solução para o empasse criado pela direção da ECT e o governo petista.

FONTE-SINTECT-PE