O final do século XVII e princípio do XVIII foram marcados pelo progresso da navegação e o consequente crescimento na troca de bens e mensagens pelo Oceano Atlântico. Novos empreendimentos marítimos foram encorajados pela melhoria nas condições técnicas e de segurança das embarcações. O tempo de viagem foi reduzido, os trajetos eram mais bem conhecidos e podia-se tirar partido das épocas de ventos mais favoráveis.

Em 1700, havia muito ouro no Brasil que precisava chegar a Portugal. No entanto, existiam dificuldades no caminho até Paraty (RJ), por onde o ouro deveria escoar. Alguns pontos da estrada ficavam intransponíveis pelo excesso de trânsito causado por buracos, valas e lama. O contrabando do ouro e a presença constante de piratas na costa fluminense, na saída da baía de Ilha Grande, também eram uma realidade.  A solução para o problema foi a abertura de um novo caminho que ligasse por terra as Gerais ao vale do Rio Paraíba, e depois ao Rio de Janeiro. A criação dessa nova rota facilitaria também o trabalho dos Correios, que teriam uma nova rota para utilizar.

Para melhorar o funcionamento dos Correios, foram criados, em 1712, os correios auxiliares para as diversas partes da Colônia e foram estabelecidos valores para as taxas de correspondências. As que circulassem entre as vilas e distritos da região das Minas pagariam oito vinténs ou 1.260 réis, ou ainda, 1/2 pataca de ouro. Nessa época também foi acertada a criação de uma casa para o recebimento e expedição das malas do correio na região.

A história continua…