Sem acordo, trabalhadores dos Correios decidem manter paralisação

Os funcionários dos Correios, em greve há 11 dias, decidiram ontem pela manutenção da paralisação por tempo indeterminado. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect) apresentou contraproposta na sexta pela manhã frente à reafirmação da proposta dos Correios na quinta, 22, mas não houve acordo entre as partes.
Na quinta, o presidente da empresa, Wagner Pinheiro, já havia adiantado que não aceitaria a posição dos trabalhadores, colocando o fim da paralisação como primeiro ponto para iniciar a negociação. A empresa propõe reajuste de 6,87% e aumento linear de R$50.
Os trabalhadores pedem reposição da inflação de 7,16%, reposição de perdas salariais de 24, 76% (de 1994 a 2010), piso salarial de R$ 1635 (o valor atual é de R$ 807), aumento linear de R$200 (no início do movimento pediam R$400), entre outros itens, como reajuste de vale refeição.
Guerra de informação
Os Correios afirmam que a paralisação atinge 19% do quadro em todo o país, principalmente os carteiros. De acordo com a empresa, não há carga parada, mas atraso na distribuição de 35% dos objetos postados.
Em Ribeirão, segundo o sindicato local, são cerca de 350 carteiros, dos quais 70% estão parados. Cada trabalhador recebe em média carga de mil objetos por dia para distribuir, informa a entidade.
 FONTE-
http://www.jornalacidade.com.br/editorias/cidades/2011/09/24/sem-acordo-trabalhadores-dos-correios-decidem-manter-paralisacao.html